O Conselho Universitário da UFSM está reunido desde às 14h30min desta quinta-feira, para votar a adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A reunião extraordinária ocorre no 9º andar da Reitoria, no campus de Camobi. A decisão já havia sido adiada no último dia 29 após impasse entre os conselheiros.
Do lado de fora da sala, cerca de 200 manifestantes protestam com faixas e cartazes contrários à adesão. Houve até uma queda de luz, mas não chegou a impedir o prosseguimento da votação. Três seguranças particulares impedem a entrada dos manifestantes que fazem bastante barulho.
Perto das 16h, manifestantes invadiram a sala de votação, os conselheiros se retiraram e a reunião foi interrompida. Até as 16h15min, não havia definição sobre retorno da reunião.
Às 16h25min, o reitor, Felipe Müller, a direção da Husm e alguns conselheiros se reuniram em uma sala separada e informaram que, em instantes, emitiriam uma nota à imprensa sobre seu posicionamento.
Às 16h45min, a sala começou a ser desocupada. Informações preliminares dão conta de que o Conselho poderia, de acordo com o regimento interno, retomar a reunião extraordinária em um prazo de 24h a 48h.
O encontro desta tarde é decisivo já que, segundo o reitor da instituição, Felipe Müller, não caberá novo pedido de vistas como na oportunidade anterior. De acordo com informações da Sedufsm, ainda na noite desta quarta-feira, a reitoria estaria avaliando a possiblidade de realizar a votação "de portas fechadas, apenas com os conselheiros presentes e o prédio da reitoria isolado por forças policiais".
A medida seria para tentar evitar protestos de grupos contrários ao novo modelo de gestão. No entanto, conforme a assessoria de comunicação da Sedufsm, as entidades não haviam sido notificadas sobre a decisão até o final desta manhã. Na mesma reunião, será votada também a criação do campus de Cachoeira do Sul.